26 de julho de 2010

14 de julho de 2010

Humilhar para ser glorificado



Certas pessoas deveriam vir com o aviso: cuidado. Gostei dessa frase, twittada por @Sinceridades (para quem tem perfil no twitter, siga). Isso porquê aquela máxima de que quem vê cara não vê coração é algo que se confirma dia a dia.

É claro que temos máscaras; acho até que é muito natural. Afinal, quem é que gostaria de ver estampado em sua própria face os problemas que nos afetam diariamente? Mas isso é muito diferente de sermos chamados e/ou taxados de “mascarados”. A própria palavra já vem carregada de algo pejorativo e que pode não condizer com a realidade que se quer imprimir ao fato.

Estou dando essa “floreada” para que eu possa falar (escrever) sobre algo que deveria ser tratado de uma maneira muito mais sutil, muito mais leve, mas que vem se tornando chato ultimamente. A convivência entre pessoas.

Cada cabeça um pensamento, uma sentença, um julgamento. Cada cabeça tem a sua própria verdade. E que bom que seja assim! Afinal, a diversidade de idéias é necessária para que ocorra o casamento de opiniões distintas que culminarão com a busca e a construção do mesmo ideal.

O problema é quando algumas pessoas querem se impor aos demais. Aí já não mais falamos em casamento de ideais. Passamos do campo da ideologia comum, para a ditadura pensante. Ou você pensa igual a mim, ou será “eliminado”, como no Big Brother.

O homem nasceu para viver em sociedade. Se assim não fosse, Deus não teria feito Eva para ser a mulher de Adão. Na visão bíblica e histórica, podemos constatar que Adão não seria o mesmo sem Eva e vice versa.

A construção de ideais comuns, a busca dos mesmos interesses, o esforço para um bem maior e coletivo, frise-se, COLETIVO, é certamente a marca de pessoas que se fazem pequenas para que o objetivo seja o maior, o grande.

E foi assim que Jesus nos ensinou, não é mesmo? Nos façamos pequenos para que a Graça do Senhor seja abundantemente derramada em nós.

E é incrível podermos visualizar a manifestação de Deus em nossas vidas. A sintonia é tão grande em relação ao tema que o Pe. Roger Luís, da comunidade Canção Nova, acabou de deixar a seguinte mensagem em seu twitter: “@perogerluis: Deus humilha o exaltados e exalta os humildes. É tempo de humilharmo-nos na presença de Deus..”

E mais a frente ele arremata: “@perogerluis: Lembre-se do Fariseu e do Publicano, quem saiu justificado? O Publicano que se humilhou.”

Mas ao olhar ao nosso redor, eu pergunto a você que está lendo esse texto: essa vontade de Deus, está sendo cumprida? Você, leitor, é o Fariseu ou o Publicano? Se quiser, eu permito uns momentos de reflexão.

(...)

É notório que o mundo ao nosso redor está longe de refletir os ensinamentos de Jesus, especificamente no que tange a ser pequeno. Mas sejamos positivos. Se temos 1% de chance, significa que temos 99% de esperança.

Recentemente, venho acompanhando o desenrolar do imbróglio que se tornou o grupo Jovens Sarados Cuiabá. Grupo esse que já tem mais de 01 (um) ano de vida, com diversas atividades em prol do projeto de salvar almas dos jovens de nossa sociedade. Grupo do qual me orgulho de ter sido um dos fundadores, não só por ter ido lá na fonte beber daquela água que não só mata a sede, mas também dá a Vida! Mas um orgulho especial por ter sido designado pelo Pe. Edmilson por ajudar na condução e no caminhar das atividades aqui desenvolvidas.

Sem vaidades e sem estrelismos, começamos a desenvolver um trabalho que aos poucos foi se tornando algo maior do que prevíamos no início. Quanto maior o trabalho, maior a responsabilidade. A messe era grande e os operários eram poucos.

E nada na vida é coincidência; tudo é providência. Com o tempo, outras pessoas foram se agregando ao jeito Jovem Sarado de ser e o grupo passou a ter uma nova cara. A questão era saber se os ideais seriam construídos de mãos dadas, ou se picuinhas de grupo de oração iriam desestabilizar um projeto que não era meu, mas sim de Deus.

Um projeto do qual, repito, vivenciei e presenciei naquele carnaval de 2009 e que foi a melhor experiência que tive em toda a minha vida. Um projeto que, aqui em Cuiabá, foi iniciado no dia 18 de março de 2009 (sabiam disso?), na Capela Santa Rita e que contou com 10 pessoas. Apenas, 10 pessoas. E eu estava lá!

E se pensar que os Jovens Sarados Brasil começou com apenas 4: Padre Edmilson, Du, Cíntia e Léo...

Jovens são cheios de sonhos e esperam revolucionar tudo e todos. Querem que as mudanças sejam feitas pra ontem e era essa a nossa vontade. As pessoas nos procuravam, queriam saber quem eram os “tais” Jovens Sarados. As camisetas amarelas se esgotaram rapidamente, muita procura e os “trabalhadores”, como dito, estavam escassos.

O Grupo Jovens Sarados tomou outro rumo. Um projeto que era pra ser de Deus virou um projeto empresarial, com uma hierarquia jamais vista. Só falta uma tesouraria e a confecção de balanço patrimonial ao final do ano para se tornar uma empresa, porque de resto a semelhança é incontestável. Passamos a querer ser maior do que éramos. Não nos humilhamos o suficiente para almejar ser grande. Quisemos ser grande, sem ao menos ser pequeno.
E o cerne da questão se encontra no que se transformou o grupo hoje. Inúmeras pessoas me procuram com a mesma pergunta: “o que aconteceu aos Jovens Sarados? O grupo já não é mais o mesmo!”

Eu, por razões profissionais, me mantive afastado no ano de 2010, mas as pessoas mais próximas e que sempre carregavam o piano comigo nos momentos de dificuldade, sempre souberam que mesmo estando afastado, sempre me inteirei de toda a situação da qual o grupo se encontrava. Afinal, eu estava naquele 18 de março de 2009...

É triste ver que hoje, existem fofocas, picuinhas, discussões absolutamente repugnantes e reprováveis que em nada refletem o real espírito do que é ser um Jovem Sarado. Chegamos ao absurdo de fazer uma eleição de coordenador, COM MANDATO, como se estivéssemos lidando com grupos políticos partidários. Parece que a única e precípua finalidade da missão Jovens Sarados que é a salvação de almas dos jovens, foi relegada a segundo plano.

Isso é um absurdo. Vergonhoso. Repugnante. E que eu jamais comungarei. Algo que tem que ser deixado bem claro para todos é que a coordenação do grupo foi e sempre será dos fundadores que em absolutamente tudo representam o grupo perante o “núcleo mãe” que é o “Jovens Sarados São Paulo”. Os representantes do grupo sempre responderam junto a São Paulo e não será uma eleição (que nem eu nem ninguém de SP reconhecemos) que irá mudar os responsáveis pela retomada do projeto da qual fomos incumbidos.

Uma coisa é você ESTAR na coordenação de grupo. Outra coisa bem diferente É SER coordenador. Uma coisa é você FAZER PARTE de determinado movimento. Outra coisa bem diferente é você SER A PERSONIFICAÇÃO daquele mesmo movimento. Precisamos ter em mente essa distinção para que os servos do grupo sejam fiéis aos seus desígnios de servos. Servo não é Rei. E bem sabemos que nosso único Rei é Jesus. Tudo por Ele. Tudo PARA Ele.

Ser Jovem Sarado é muito maior do que picuinhas de grupo de oração. Padre Léo, em uma de suas hilárias pregações, afirmou certa vez que se quando morresse e chegasse ao céu, a primeira pergunta que ele faria era: “escuta, aqui tem grupo de oração?” Se a resposta fosse positiva, ele daria as costas e iria bater em outra porta!

O carisma Jovem Sarado precisa ser urgentemente resgatado, sob pena de estarmos sufocando o nosso próprio carisma.

Mas nada é por acaso. Se foi necessário que o Filho do Homem sofresse na Terra para a salvação dos pecadores, da mesma maneira foi e está sendo necessário que tudo o que está acontecendo aos Jovens Sarados Cuiabá seja para a glorificação do Nosso Senhor Jesus Cristo, não tenho nenhuma dúvida disso.

E para que isso se concretize, os ideais têm de ser, novamente entrelaçados. É preciso que renasçamos como grupo e aí sim, com novos olhos e sem as escamas que nos cegaram durante muito tempo, possamos, enfim, realizar o trabalho do qual tivemos a incumbência de fazer: salvar almas.

Uma semente só germina quando, num processo doloroso, ela explode e renasce. Da mesma maneira uma lagarta que, antes de se tornar uma borboleta, trava uma luta homérica contra suas próprias forças e contra um pequeno casulo para que, FORTIFICADA, possa sair da sua antiga casa e, literalmente, alçar voos maiores.

Que possamos refletir, como grupo, como unidade, sem picuinhas e fofocas, em trabalharmos para Deus, por Deus e com Deus. Certamente, não precisaremos alçar voos maiores mas sim, seremos alçados à Glória do Senhor, que é o maior dos voos que podemos imaginar.

Espero que sejamos mais humanos e menos reis ao tomarmos nossas atitudes.

Voltando às atividades...



Confesso que estava com saudades de escrever por aqui. Sempre passei para visitar meu próprio blog, mas não estava com tempo (ou saco) para ficar dedilhando meus pensamentos que nem sempre agradam a todos, um pouco em razão da acidez dos comentários, um pouco em razão da honestidade que introduzo nas palavras. Bem ou mal, não é do meu feitio escrever mentiras para agradar A ou B. Apenas escrevo o que sinto, o que gosto e até mesmo o que sonho.

Para iniciar devo dizer que suspendi momentaneamente os capítulos da novela mexicana da qual faziam parte o casal Américo e Soraide. Por falta de verba e patrocinadores (rsrsrsrs) a novela foi suspensa. Mas em breve voltará!

E já já, sai do forno um texto que estou escrevendo!

4 de maio de 2010

Chimamanda Adichie: O perigo da história única

Assistam atentamente. A mensagem é direta e sem rodeios. Ative a legenda.


22 de abril de 2010

Plantão




Cansado. Muito cansado. Diante dessa estafa que fui acometido informo que, excepcionalmente hoje, não postarei a parte 4/6 que irá estar aqui disponibilizada amanhã, juntamente com a parte 5/6.

Obrigado aos milhares de 3 ou 4 leitores do blog, e agradeço a compreensão.

21 de abril de 2010

Nada é por acaso


Parte 3/6

Com 3 quilos e 400 gramas, João Paulo veio ao mundo.

Aos gritos e choros, o Dr. Silas tratou de entregar aquele pequeno ser nos colos de sua mãe Soraide, ao final do parto normal. Estava ali em bebê perfeito, forte e com muita saúde. O primogênito de Américo e Soraide só vinha coroar toda uma história de amor que havia se iniciado anos atrás, nos bancos de um colégio.

Por conta da gravidez, os planos de trabalho tiveram que ser suspensos, mas não interrompidos. Era momento de cuidar do primeiro filho que estava por vir e a situação de Soraide e Américo permitia que ela pudesse esperar um pouco mais para começar a trabalhar.

O período de gravidez de Soraide foi muito tranquilo, porém não menos preocupante. Os constantes enjoos e algumas pequenas quedas de pressão acabaram por fazer parte do cotidiano da família. O que ninguém esperava, era que aquela aparente tranquilidade estava sendo colocada em xeque.

Com quase 9 meses de gestação, Soraide foi acometida por fortes dores lombares. Fato absolutamente normal se não fosse por um detalhe: durante todo o período de gravidez, a mãe de João Paulo não havia sentido nenhuma dor sequer.

Mãe olha ali”, apontava Soraide a um pequeno urso de pelúcia que segurava um ramalhete de rosas e que escorria juntamente com a água da chuva, quintal a fora. “Eu não sei o que aconteceu, mas depois de chutar aquele ursinho com as rosas que estavam na minha porta, comecei a sentir essas dores”.

D. Zoca, uma fervorosa religiosa, captou o sinal. Mais do que depressa, pediu para chamar Calu, seu filho mais velho. Com certa dificuldade, Soraide foi colocada dentro do Bandeirantes da família com destino à casa do “Seu Teles”, um dos trabalhadores da mineradora de Muro Quadrado.

Tiveram que esperar por alguns momentos. “Seu Teles” tinha acabado de chegar do serviço e, suado, se refrescava com um copo de água. Já na sala, perguntou o que tinha acontecido, quando D. Zoca explicou. Soraide, até então, não estava entendendo nada. Não era mais fácil falar com Dr. Silas? D. Zoca, na serenidade de sua sabedoria, afirmava que existem coisas em que o mundo humano se dobra ao mundo espiritual.

Seu Teles pediu para que todos ficassem na sala, enquanto ele e Soraide entraram num pequeno altar, montado nos fundos de sua casa. O altar era lindo, cheio de imagens santas, velas e crucifixos, mostrando a forte devoção religiosa daquele senhor.

Um momento de profunda oração se iniciava. Soraide, não sabia rezar. Apenas fechou os olhos e confiou. Sentada numa cadeira de fios, inquieta, balançava as pernas que insistiam em doer. Talvez, pelo nervosismo de não saber o que estava acontecendo. Talvez, pela experiência espiritual que estaria prestes a iniciar.

A medida que as orações se intensificavam, as dores de Soraide aumentavam na mesma proporção. Seu Teles, ajoelhado no altar dedicado a Nossa Senhora Aparecida, rezava fervorosamente segurando um pequeno ramalhete amarrado com cordas de cipó.

As orações ficavam mais fortes. As dores também. Soraide ficou com medo e chorou. O choro fez com que Calu se preocupasse lá do lado de fora, mas D. Zoca o segurava pelo braço e dizia, calmamente: “confia, meu filho”.

Seu Teles parecia estar mais suado em suas orações do que quando realizava seus trabalhos na mineradora. Soraide já não conseguia mais ficar com os olhos fechados. O choro já era ouvido por toda a vizinhança que começava a se aglomerar na frente da casa de Seu Teles. “O que está acontecendo?”, perguntavam os curiosos vizinhos.

Como num acesso de fúria, Seu Teles rasga violentamente aquele ramalhete que estava em suas mãos e após se prostrar ao chão, se cala, respirando ofegantemente. Soraide já não chora; apenas murmura. A “platéia” fora da casa ficou curiosa com o desfecho final. E um suave aroma de jasmim foi sentido por todos os presentes. As dores de Soraide não existiam mais.

Seu Teles chamou para a sala onde se encontrava juntamente com Soraide, D. Zoca, Calu e Américo que tinha acabado de chegar depois do trabalho, e deu o “diagnóstico”. “Minha filha, existem pessoas que querem que você tenha muita dificuldade em seu parto. Esse trabalho que foi feito, foi para que você perdesse seu filho na mesa da maternidade. Mas fique tranquila. Nossa Senhora interviu e você terá um parto abençoado. Siga em paz. E que Deus a acompanhe e abençoe a toda sua família.

Américo e Soraide não sabiam o que levava a pessoas a cometerem esse tipo de atrocidade. Que mal eles haviam feito? Qual era o erro cometido? O de serem felizes? O de se amarem? A inveja e outros tantos sentimentos a ela atrelados havia dado as caras naquela família, mas a primeira batalha já estava ganha.

Salmos, 90 (91)

1. Tu que estás sob a proteção do Altíssimo e moras à sombra do Onipotente, // 2. dize ao SENHOR: “Meu refúgio, minha fortaleza, meu Deus, em quem confio”. // 3. § Ele te livrará do laço do caçador, da peste funesta;// 4. ele te cobrirá com suas penas, sob suas asas encontrarás refúgio. Sua fidelidade te servirá de escudo e couraça.// 5. Não temerás os terrores da noite nem a flecha que voa de dia,// 6. nem a peste que vagueia nas trevas, nem a epidemia que devasta ao meio dia.// 7. § Cairão mil ao teu lado e dez mil à tua direita; mas nada te poderá atingir.// 8. Basta que olhes com teus olhos, verás o castigo dos ímpios.// 9. Pois teu refúgio é o SENHOR; fizeste do Altíssimo tua morada.// 10. Não poderá te fazer mal a desgraça, nenhuma praga cairá sobre tua tenda.// 11. Pois ele dará ordem a seus anjos para te guardarem em todos os teus passos.// 12. Em suas mãos te levarão para que teu pé não tropece em nenhuma pedra.// 13. Caminharás sobre a cobra e a víbora, pisarás sobre leões e dragões.// 14. § “Eu o salvarei, porque a mim se confiou; eu o exaltarei, pois conhece meu nome.// 15. Ele me invocará, e lhe darei resposta; perto dele estarei na desgraça, vou salvá-lo e torná-lo glorioso.// 16. Vou saciá-lo com longos dias e lhe mostrarei minha salvação”.

20 de abril de 2010

Nada é por acaso


Parte 2/6

Américo e Soraide passaram de meros desconhecidos, a amigos. Amigos na perfeita acepção do termo. Amizade fiel, duradoura e que acabou despertando o ciúme de muitos.

Elas, porque sabiam que aquele branquelo russo não mais atendia a todos de maneira igual e atenciosa. Eles, porque Soraide estava sabendo contornar bem a sua timidez e que se entregava aos encantos do “gringo”.

O tempo foi passando, a cumplicidade aumentando e por ironia do destino, D. Zoca, mãe de Soraide, a mesma que recepcionou a família de Américo quando chegaram em Mundo Quadrado, foi escolhida para ser a chef do banquete montado para celebrar aquele noivado que tinha iniciado logo após o término dos estudos do colegial.

Era uma nova fase. Novos tempos. E a vida parecia escancarar as portas para o casal recém formado. Américo entrou na faculdade de Relações Políticas Filosóficas. Soraide era caloura de Agronomia.

Projetos, sonhos, incertezas, certezas, dúvidas, prazeres, alegria, tristezas... uma cachoeira de sentimentos envolveu aquele casal que parecia ter sido feito um para o outro. As pessoas se perguntavam como poderia haver tamanha cumplicidade naqueles jovens. Estavam felizes e não faziam questão de esconder isso de ninguém.

Agora formados, após o período de faculdade em que estudaram na capital, Mundo Quadrado se tornara pequeno. Era preciso alçar novos voos, novas conquistas gritavam para serem atingidas. Metas, objetivos, planos. Tudo estrategicamente alinhado.

Américo era um perfeccionista e Soraide sabia que poderia confiar no que era discutido e planejado. O mundo abria as suas portas e as trincheiras da vida esperavam pacientemente para delimitar território.

Sim, a vida definitivamente começava para aquele filho de russos e a filha de trabalhadores rurais. Mas o cenário era outro. As dificuldades que não existiam, agora batem à porta. Aquele casal de noivos já não existia mais. Agora, já eram marido e mulher. Formados. Mas o que fazer agora?

O mundo passava por uma grave crise financeira. As bolsas asiáticas haviam quebrado e a recessão causou um grande impacto na economia mundial. As empresas fecharam e o mercado de trabalho era extremamente escasso.

As economias dos pais de Soraide e Américo não mais conseguiam cobrir o custo de vida do casal. Outra alternativa não restou, a não ser recolher a bagagem e voltar para Mundo Quadrado.

Tristeza? Talvez! Mas Américo e Soraide sempre tiravam lições das dificuldades enfrentadas. “Para tudo na vida, sempre existe o lado positivo”, filosofava Soraia. Américo concordava. Afinal, havia saído do distante país gélido e encontrado, do outro lado do mundo, uma oportunidade de recomeço e o amor da sua vida. Agora, era Américo quem filosofava: “Toda a mudança é fecunda!”

As dificuldades pareciam pairar sobre a vida daquele casal, mas a alegria e a cumplicidade de ambos estavam blindadas.

Incrível era constatar que enquanto havia pessoas desesperadas por estarem perdendo todos os seus bens e economias, Américo e Soraide estavam felizes. Preocupados, era óbvio. Mas felizes. Uma felicidade contagiante. Blindada. Sincera.

Américo, enfim, conseguiu um emprego. Uma das empresas de minério que existia em Mundo Quadrado estava precisando, pasmem, de um tradutor russo. Uma grande quantidade de bauxita havia sido encomendada por um consórcio de empresas soviéticas e era necessário um intermediador para que não só elaborasse a minuta daqueles contratos, como também, assessorar os envolvidos. Mesmo com a crise instalada, ainda havia espaço para negócios e investimentos. Américo sentia que sua vida havia começado a engrenar.

Soraide voltou a estudar. Preparava-se para um mestrado, já que não conseguia emprego em sua área na região. Os grandes fazendeiros haviam perdido muito dinheiro com a crise, o que causou uma onda de demissão na cidade. O trabalho estava escasso, mas isso não perturbou aquela mulher de olhos serenos, pele aveludada e uma timidez que mesmo amenizada pela convivência com Américo, ainda resistia ao tempo.

Estavam felizes. Aliás, estupidamente felizes. Insuportavelmente felizes. Era incrível. Não havia crise no mundo que conseguia afetar aquele casal.

Américo, com seu trabalho, já conseguia manter as despesas da casa e ainda ajudar seus pais, já idosos e sem forças para trabalhar. D. Zoca também era uma exímia e feliz trabalhadora. Não reclamava das adversidades da vida e sempre as encarava com muito humor e alegria. Seu marido, o “Seu Padim”, continuava a trabalhar no campo. Já não mais conseguia vender seus produtos como antigamente, mas também não deixava a família passar necessidades.

A empresa de minério que Américo trabalhava começou a exportar grande quantidade de bauxita e foi preciso aumentar a mão de obra. O comércio de Mundo Quadrado voltou a aquecer. Postos de trabalho voltaram a ser abertos e o dinheiro voltou a circular. Tudo, na contramão da crise que assolava todo o mundo.

Com o comércio em alta e dinheiro (muito) circulando, Américo e Soraide chegaram a conclusão de que nada é por acaso. Afinal, haviam deixado a cidade para estudar e não mais planejavam voltar. Tinham como idéia, conseguir um bom emprego na capital, já que competência e inteligência tinham de sobra. Mas como diria um famoso escritor tailandês, “a vida é uma caixinha de surpresas...”

Uma oportunidade de emprego surgiu numa região distante de Mundo Quadrado para Soraide. Empresas de reflorestamento precisavam de um recém formado na área agrônoma para início imediato, com um salário acima da média para os padrões da época. Soraide estava extasiada, porém, preocupada. Como seria uma relação a distância entre ela e Américo?

Aquele final de semana era decisivo para as futuras pretensões do casal. Soraide, com uma excelente proposta de emprego, porém, longe de Mundo Quadrado. Américo, já num alto cargo dentro da mineradora, também ganhava muito bem. O que decidir?

No decorrer da conversa, Soraide não se sente muito bem. Indisposta, pede para deitar um pouco. Américo, preocupado, chama o Dr. Silas, vizinho da família.

Muito atencioso, Dr. Silas examina Soraide meticulosamente e, num primeiro momento, receita apenas um chá de ervas medicinais, comum na região, para combater indisposições do tipo gastrointestinal.

A conversa em relação ao futuro do casal é adiada, mas a indisposição de Soraide preocupa a todos. Américo já não mais trabalhava, preocupada com a amada. Soraide estava de cama e Dr. Silas pediu exames mais apurados para detectar o motivo das queixas da filha da D. Zoca.

No início da noite de terça-feira, Dr. Silas bate à porta do casal. Américo abre a janela do quarto e avistou o médico que segurava um envelope branco na mão. “Américo, saiu o resultado dos exames da sua esposa!”

Ao abrir a porta, Américo estava tenso e preocupado. Dr. Silas o desarma. Abre um imenso sorriso e abraça Américo. “Soraide está grávida!”

19 de abril de 2010

Nada é por acaso


Parte 1/6

O Governo usava da repressão para conter aos que insistiam em gritar em favor da sociedade. A Europa passava por uma profunda transformação política/cultural. Ícones do mundo pop eram exaltados e endeusados, ao mesmo tempo em que a Igreja se debatia em uma série de problemas internos.

Nesse cenário, Américo e Soraide.

Américo era filho de imigrantes russos. Soraide, filha de agricultores de subsistência.

Na pacata cidade de Mundo Quadrado, no rico estado produtor de minério de ferro, a recém chegada da família de Américo causava desconfiança. Afinal, o que aqueles branquelos com sotaque estranho faziam ali?

Indiferentes aos comentários da população, Américo escolhe Mundo Quadrado para recomeçar sua vida, após fugir da perseguição do governo russo aos produtores de vodka de sua antiga região.

Soraide era tímida. Aliás, muito tímida. Era a caçula de 7 filhos da D. Zoca, conhecida quituteira da cidade. Muito alegre e receptiva, D. Zoca foi a primeira a cumprimentar os novos moradores.

Américo tinha pouco mais de 20 anos. Soraide, 18. Ele, de uma rara inteligência e muito articulador. Com essas características, não foi difícil fazer novas amizades. O idioma não foi um problema para ele. Américo tinha uma inteligência acima da média e ao chegar em Mundo Quadrado, já sabia ao menos se comunicar basicamente com todos.

Soraide também era muito inteligente. Teve seus estudos comprometidos já que tinha que auxiliar seus pais na lida rural. Os estudos ficaram um pouco de lado, mas não sua inteligência e sua beleza selvagem. E que beleza!

Muitos diziam que o trabalho de sol a sol e o contato com a terra bem como o trabalho diário na horta da família, fizeram com que Soraide desenvolvesse uma pele mais aveludada que as moças da região. Cremes, hidratantes e protetores solar eram artigos de luxo para a família, que se protegia do forte sol com o suco obtido da batida de abacate. Aquela mistura consistente, quase um creme, poderia ser a causa de tamanha beleza daquela garota.

Américo e Soraide não se conheciam. Estudavam na mesma escola e na mesma sala. Mas enquanto ele era o centralizador da turma, com inúmeras brincadeiras e muita participação em sala de aula, ela apenas observava.

A timidez de Soraide quase a deixou em apuros. Naquele ano, os professores optaram por avaliar seus alunos através de exames orais repentinos, sem aviso prévio. Não havia discussão quanto a competência de Soraide em ter o total e pleno conhecimento dos assuntos que ali eram debatidos. O problema era ela abrir a boca.

Américo, por outro lado, se deleitava com tais exames. Já dominando bem o idioma, Américo não tinha dificuldades em responder as questões. Tido como o melhor aluno da sala, ele passou a ser referência em vésperas de provas. Afinal, todos queriam saber qual era seu segredo.

Sabendo que poderia ser útil aos colegas e querendo aperfeiçoar seu idioma ainda mais, Américo pediu para que Luzinete organizasse um grupo de estudos que poderia ser realizado em sua própria residência, na Vila Peté, região situada às margens de Mundo Quadrado.

Luzinete era uma boa aluna. Esforçada e muito atenta às aulas. Mas tinha um baixo poder de concentração. Américo procurou Luzinete porque queria se cercar de pessoas que realmente quisessem estudar para as provas e sabia que, ao pedir para ela organizar um grupo de estudos, as pessoas por ela convidadas seriam as que efetivamente estariam interessadas em aprender.

Luzinete então opta por um pequeno grupo, composto de 5 pessoas. Além dela e Américo, Ruth (da rica família do fazendeiro Zé Pinga), Terêncio (humilde, filho de mãe prostituta com um desconhecido pai caminhoneiro) e Soraide.

E naquele final de tarde de outono, com o sol já parcialmente encoberto por nuvens e pássaros (muitos) cantando, como um fundo musical perfeito para o cenário, Américo e Soraide enfim se conhecem. Num grupo de estudos da cidade de Mundo Quadrado. E seus destinos se entrelaçam.

Um caminho cheio de surpresas estava por vir.

31 de março de 2010

Toda mudança é fecunda...


Armando Nogueira, exímio jornalista, iniciou uma nova jornada em sua vida. Partiu do campo terrestre/humano, para um mundo do qual ainda iremos ser apresentados.

Confesso que não sei de muita coisa da história desse grande homem do jornalismo brasileiro, em especial, do jornalismo esportivo brasileiro. Já vi e li várias matérias a seu respeito. Assisti a diversos programas do estilo mesa redonda, onde ele sempre nos brindava com palavras de perfeita sintonia para com a realidade daquele momento.

Armando Nogueira nasceu no Acre, em 14 de janeiro de 1927. Faleceu em decorrência de um câncer no cérebro em 29 de março de 2010.

Durante 83 anos, quem o assistia e lia suas colunas esportivas, era brindado com rara inteligência, senso crítico e até mesmo sarcástico, diante do mundo esportivo.

Não é meu objetivo homenagear esse ícone do jornalismo brasileiro. Eu não teria palavras para tanto. Mas confesso que me emocionei com a notícia de sua morte. Uma morte que nunca esperamos, seja de quem quer que seja. Achamos que somos eternos e que nem um câncer no cérebro é capaz de nos derrotar.

Mas a morte desta personalidade brasileira, me fez refletir sobre algo bem profundo.

Na manhã daquele dia 29 de março, como de costume, sentei-me à frente da TV para tomar meu café da manhã e assistir ao início do programa Redação Sportv, canal pago da Sky. Ao iniciar o programa, o jornalista André Risek, consternado, deu a notícia do falecimento de Armando Nogueira.

O programa passou então a render homenagens àquele que era um dos membros cativos daquela mesa redonda bem como idealizador de diversos outros programas da grade da TV Globo. Várias entrevistas foram mostradas, reportagens, etc. Mas uma entrevista em especial, me chamou atenção.

Num tom sereno, Armando Nogueira disse que "toda mudança é fecunda":




"Eu saí de casamento, eu mudei de casa, eu mudei de emprego, eu mudei de amigo, eu mudei de roupa, eu mudei de hábitos alimentares, eu mudei de bebida, eu mudei de leitura... e constatei apenas uma coisa: toda mudança é fecunda. Toda mudança é fecunda. E existe uma mudança extrema na vida do ser humano que é a mudança da vida para a morte, que eu também considero fecunda. Não sei o que virá depois, mas eu tenho uma desconfiança. Tenho uma desconfiança. É que quem morre muda e quem muda melhora. E eu tenho notado - porque eu tenho muitos amigos que morreram - eu tenho notado que todos eles melhoraram com a morte. E eu não tô desejando a morte, mas também não estou considerando a morte o fim do mundo. Pode ser o começo de um outro mundo porque a vida é exatamente mudar!"
Fiquei estupefato com essa lição de vida. Mudar, mudar, mudar... Toda mudança é fecunda.

Toda mudança é fecunda! Toda mudança mata, mas ao mesmo tempo faz renascer. Toda mudança gera desconhecimento... mas a palavra que invade minha alma e ecoa em meus pensamentos é mudar!

Foi preciso um mestre das palavras como Armando Nogueira morrer, para me fazer entender a amplitude do significado da palavra mudança.

Afinal, toda mudança é fecunda porque a vida é exatamente mudar.

Que a Páscoa que se aproxima seja não só um período de reflexão, mas principalmente um período de mudanças. Seja mudança comportamental, mudança de hábitos, mudança de ideais, mudança de conceitos, paradigmas, enfim... uma mudança que seja compatível o coração de cada um de nós.

Jesus mudou os paradigmas de sua época. Mudou conceitos. Mudou opiniões. Mudou ideais. Mudou regras. Mas creio eu, na minha humilde análise, que uma das principais mudanças que Ele proporcionou aos que estiveram em Sua presença, e que se reflete até os dias de hoje, foi e é a mudança de OLHAR, no sentido amplo da palavra.

Muitas vezes olhamos situações em nossa volta com os nossos olhos humanos e falhos, fazendo com que tenhamos uma percepção equivocada de tudo ao nosso redor. Consequência certa de conceitos prévios que afetam drasticamente o relacionamento entre toda uma comunidade, gerando discussões, desavenças, brigas... enquanto o correto seria olhar com o coração, com paz de espírito, reconhecendo-se pequeno quando necessário, tendo sempre a humildade de pedir perdão nos erros como também saber olhar com misericórdia aqueles que erram e que precisam ser corrigidos.

Jesus morreu por nós, mas o seu renascimento nos trouxe esperança. A esperança de mudança. A esperança de que nada será em vão. A esperança que se plantarmos agora, certamente colheremos lá na frente. A esperança de que toda mudança é fecunda e que na vida nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, tudo muda.

Mudança. Mudemos. Que caiam as escamas de nossos olhos humanos, para que tenhamos a serenidade, humildade e principalmente a virtude de enxergamos com olhos da caridade, do respeito e principalmente do coração.

Toda mudança é fecunda! Toda mudança é fecunda!

Obrigado a Armando Nogueira, que mesmo em sua morte, me deixou uma lição de vida!

21 de março de 2010

Toda forma de amor - Lulu Santos

"Eu não pedi pra nascer
Eu não nasci pra perder
Nem vou sobrar de vítima, das circunstâncias..."




19 de março de 2010

Evangelho São Mateus 1,16.18-21.24


Jacó foi pai de José, marido de Maria, e ela foi a mãe de Jesus, chamado Messias.
O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, a sua mãe, ia casar com José. Mas antes do casamento ela ficou grávida pelo Espírito Santo. José, com quem Maria ia casar, era um homem que sempre fazia o que era direito. Ele não queria difamar Maria e por isso resolveu desmanchar o contrato de casamento sem ninguém saber. Enquanto José estava pensando nisso, um anjo do Senhor apareceu a ele num sonho e disse:
- José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos pecados deles.
Quando José acordou, fez o que o anjo do Senhor havia mandado e casou com Maria.
Bíblia Sagrada – Nova Tradução na Linguagem de Hoje

Bom dia!

Reparem a mudança drástica na dinâmica da quaresma para celebrar a memória de um homem santo – José.

José não foi santo por ter sido pai adotivo de Jesus, mas por ter aceitado a grande responsabilidade de criá-lo e educá-lo; não foi santo por ser esposo de Maria, mas por ter abraçado com ela a felicidade de ser a escolhida; não foi santo por ser ator principal de um momento como Davi, Moisés, Jacó, Abraão, (…), mas por humildemente ficar no backstage (ou camarim), vendo seu filho crescer em estatura e em sabedoria (Sugestão: Veja também o outro evangelho proposto para hoje Lucas 2, 41-51).


“(…) E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens”. (Lucas 2, 52)

  • José: O “protetor da igreja católica”
Não era seu problema, não era sua luta, não era seu filho, mas abraçou o problema como seu; arregaçou as mangas, levou sua família para o Egito, lutou por eles; ao filho adotivo ensinou a arte da carpintaria, mesmo que hoje relatos arqueológicos digam que ele poderia ter sido pedreiro; ensinou a lei, o respeito as tradições e o valor de ser e ter uma família.

O problema que tinha em seus braços era a própria igreja que temos hoje. Ela, na pessoa de Jesus, um bebê indefeso, filho de uma jovem moça consagrada ao templo que segundo os costumes poderia ter sido apedrejada (lapidada). Quantos ainda hoje aproveitam as fragilidades humanas dentro da nossa igreja para também atacá-la com pedras? No passado o passado da inquisição, hoje as fraquezas da carne, amanhã o que virá? Quantos dragões ainda deverão ser vencidos?

“(…) Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra. Esse Dragão deteve-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de que, quando ela desse à luz, lhe devorasse o filho. Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono. A Mulher fugiu então para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias. Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão. O Dragão e seus anjos travaram combate”.
(Apocalipse 12, 4-7)

  • José: O “padroeiro das famílias”
Enquanto os anjos lutavam contra o dragão, na perspectiva e visão de João Evangelista, José era a proteção mais próxima de Maria e do Jovem Senhor. Nossos pais devem entender nessa mensagem a grande missão que existe na paternidade: Ser a pessoa mais próxima e responsável pela segurança de sua família.

Zelar pela segurança hoje é ensinar valores, ser exemplo, participar, acompanhar, (…), pois os dragões que enfrentamos hoje têm sete cabeças; As drogas, a violência, o abandono, o abuso, a intolerância, o desamor e a falta de fé.

Acho profundamente descabido a frase que “Deus não é padrasto”, pois sob a guarda de um que ele deixou seu bem mais valioso. Esse deve ser um grande alerta aos pais que hoje não se comportam como pais e vem de suas poltronas seus filhos sendo presos, frequentando locais inadequados a sua idade, chegando em casa tarde e embriagados; jogarem fora sua perspectiva de futuro para ficar brigando nas praças e postarem a rinha de galos no Youtube. (…). Ser pai é ter coragem de ir ao deserto para salvar seu filho.

  • José: O “padroeiro dos trabalhadores”
Ser pai, ser um José é ser tudo isso e ainda por cima ir a luto para manter a casa e a condição de vida. É acordar cedo pra ir para o escritório ou vender frutas; abrir a loja ou catar latinhas, (…). Não importa aonde, mas que vá a busca de algo seguro e confiável, para que no futuro, como José, possa ver seus filhos crescerem na graça e sabedoria e no fim repousar sobre a sobra do altíssimo, como mais um José que alcançou o paraíso e recebe, na sua nova morada, o título de santo e bom pai.

Valei-me São José!
Um imenso abraço fraterno.

Fonte: Blog Deus é Maior, por Alexandre Soledade

18 de março de 2010

E já se passaram 12 meses...


Dia 18 de março de 2009.

Capela Santa Rita.

Eu, Camila e Werberth Carlos na compania do Pe. Kiko mais uma "meia dúzia de gato pingado" iniciávamos uma obra. Aliás, uma grande obra com as bênçãos dos céus.

18 de março de 2009 é a data que marca o início das atividades do Grupo Jovens Sarados em Cuiabá!

Depois de ter vivenciado aquela experiência fantástica no carnaval de 2009 em Atibaia/SP, Pe Edimilson nos deu essa missão: iniciar o grupo aqui em Cuiabá/MT.

O grupo Jovens Sarados Cuiabá é o primeiro fruto daquele retiro de carnaval com os JS/SP! Depois de Cuiabá, vieram tantas outras cidades como Caraguá, Tiradentes, ABC e, recentemente, ficamos sabendo da agradável notícia de que até em Natal - Rio Grande do Norte, o carisma dos Jovens Sarados também estará chegando em breve.

Sim, hoje é aniversário do Grupo aqui em Cuiabá/MT! 1 ano de muitas alegrias, muita oração, muito comprometimento e porquê não dizer: muitas brigas também!

É claro! É natural! Somos humanos e falhos mas sempre queremos fazer o melhor! Idéias diferentes vão surgir sempre (ainda bem!!) mas o propósito será sempre o mesmo!

Parabéns aos Jovens Sarados, missão Cuiabá/MT!

Parabéns ao Jovens Sarados Brasil!

E um agradecimento especial ao Padre Edimilson porque, graças a ele e por inspiração divina, esse projeto que é de Deus, está dando frutos e levando o evangelho a inúmeros jovens de todas as idades país a fora!

Que Deus abençoe a todos nós e nos conceda força, serenidade e acima de tudo, fidelidade para com Sua obra! Amém!

17 de março de 2010


Tudo bem, na voz de Ana Carolina...

"Já não tenho dedos pra contar,
de quantos barrancos despenquei
de quantas pedras me atiraram
de quantas atirei..."

16 de março de 2010

Afetividade refinada

Alguns meses atrás, eu estava assistindo a uma pregação do Pe Fábio de Melo que me chamou atenção.

Ele falava sobre a questão da afetividade humana, muitas vezes ferida, mal tratada e até mesmo esquecida, quando lidamos com as pessoas em nossa volta.

E fez um comparativo interessante. Ele disse que não podemos ter uma afetividade refinada. Um açúcar refinado, por exemplo, ele é digerido mais facilmente e por isso, nosso organismo não tem um trabalho para gastar energia e dissolver aquela glicose. Consequência disso? Obesidade.

Por isso, devemos dar preferências a alimentos integrais, quando o organismo tem que trabalhar mais para digerir o que está em nosso corpo fazendo com que haja um maior gasto calórico.

Obviamente que ressalvando as devidas proporções, comungo desse mesmo ensinamento do Pe. Fábio. Vivemos hoje num mundo onde a grande maioria das pessoas busca relacionamentos refinados, seja em sua afetividade, seja no tratamento entre as partes.

Muitas pessoas carregam em seu subconsciente problemas de relacionamentos que tiveram durante a infância, adolescência, ou até mesmo na fase adulta. Muitos desses problemas tiveram origem familiar, seja por brigas entre os pais, separação e até mesmo agressões físicas.

Aquela pessoa que vivenciou toda essa narrativa carregará, para sempre em sua memória, lembranças daquele período. Terapias e acompanhamentos psicológicos podem ter o condão de amenizar aquelas lembranças ou, até mesmo, fazer com que elas sejam encaradas com outra realidade. Mas jamais serão esquecidas.

E aí reside o problema quando tratamos de relacionamentos afetivos.

Devemos ter em mente que a pessoa que buscamos para ser nosso marido/esposa, namorado/namorada, não tem culpa do nosso histórico afetivo/sentimental.

Não devemos projetar na outra pessoa a felicidade que não obtivemos no passado; não podemos fazer nosso(a) parceiro(a) refém de uma situação da qual ele(a) nunca fez parte. Seria como imputar um crime a alguém, sem ao menos lhe conceder um direito de defesa.

Infelizmente, isso é mais comum do que se possa imaginar. A grande maioria das pessoas, de maneira inconsciente, acaba buscando no outro um refúgio, um porto seguro, uma baía calma de águas límpidas e serenas, ao invés de querer e ansiar por alguém que possa ser seu companheiro(a) para o resto de sua vida e compartilhar com ele(a)todas as alegrias e tristezas que cercam um relacionamento.

Esquecemos que a pessoa que estará ao nosso lado não vivenciou aquela situação desagradável que tentamos esquecer mas, ao mesmo tempo, projetamos nessa mesma pessoa, a solução desse problema. Esquecemos que queremos alguém para amar e não para culpar. Isso é um equívoco abissal.

Como dito anteriormente, não temos mecanismos para desativar do nosso cérebro toda aquela situação que lutamos para esquecer. Mas temos mecanismos para conviver com essa mesma situação de uma maneira menos dolorosa. Entregar nas mãos do Senhor todas as nossas feridas sentimentais é o primeiro passo.

Lembro-me de uma conversa que tive com meu pai, sobre relacionamentos afetivos. Ele me confidenciou que os motivos que o levaram a se casar com minha mãe não são os mesmos motivos que o levaram a estar com ela até hoje... Gente, isso é de uma profundidade incrível. Me fez refletir muito sobre o que eu penso sobre relacionamentos e sobre o que eu almejo em relação a eles.

Sabemos que não existe príncipe encantado, tampouco princesa encantada. Todos temos nossos erros, faltas e falhas. Vamos errar muito durante a longa jornada de nossas vidas, seja ela pessoal e/ou afetiva. Mas jamais devemos atribuir aos outros os erros por nós cometidos, seja por ingenuidade, sejam por feridas do passado.

A felicidade e o amor são uma decisão. Queira dar certo. Queira ser feliz. Problemas vão surgir sempre, mas devemos nos adaptar às realidades nas quais seremos os personagens principais.

Relacionamentos integrais não é sinônimo de cobrança sem fundamento, não é sinônimo de descarga emocional, muito menos prisão afetiva.

Relacionamento integral é aquele que palavras nunca dizem nada, quando os olhares podem dizer tudo.

A maior prisão que podemos ter na vida é aquela quando a gente descobre que estamos sendo não aquilo que somos, mas o que o outro gostaria que fôssemos. Geralmente quando a gente começa a viver muito em torno do que o outro gostaria que a gente fosse, é que a gente tá muito mais preocupado com o que o outro acha sobre nós, do que necessariamente nós sabemos sobre nós mesmos.O que me seduz em Jesus é quando eu descubro que nEle havia uma capacidade imensa de olhar dentro dos olhos e fazer que aquele que era olhado reconhecer-se plenamente e olhar-se com sinceridade. Durante muito tempo eu fiquei preocupado com o que os outros achavam ao meu respeito. Mas hoje, o que os outros acham de mim muito pouco me importa (a não ser que sejam pessoas que me amam), porque a minha salvação não depende do que os outros acham de mim, mas do que Deus sabe ao meu respeito.
Padre Fábio de Melo

11 de março de 2010

"Vivemos esperando, dias melhores... "

Qualquer semelhança com o post anterior não é mera coincidência!
Letra de música enviada pelo amigo e torcedor do clube da estrela solitária, Ademir Jr.

Coração de Pedra

Ali é o lugar ideal pra quem quiser se esconder e ser
Mais um na multidão
Ali é onde os homens se abraçam mas na hora de pagar o
Preço, lavam as mãos
Ali é onde todos se encontram mas acabam se perdendo
Por achar que são invencíveis
Ali não há lugar pra tristeza, pra angústia, pra dor
Ou pra gemidos inexprimíveis

Deus não habita mais em templos feitos por mãos de
Homens
Deus não será jamais acorrentado às paredes de uma
Religião
Deus não habita mais em templos feitos por mãos de
Homens
Deus não será jamais enclausurado na escuridão de quem
Ainda tem um coração de pedra

Ali ninguém conhece a essência, tão somente a
Aparência de viver em comunhão
Ali é onde os loucos se entendem, onde os sábios se
Prendem ao valor da tradição
Um falso paraíso presente, um fanatismo distante, um
Cristianismo sem direção
Ali é onde todos proíbem, onde todos permitem, onde
São assim, nem "sim" nem "não"

Que vença, mesmo que haja desavença, todo aquele que
Repensa na crença da onipresença de Deus
Sejamos coerentes, transparentes, reluzentes,
Conscientes, todos crentes que somos os filhos seus
Na rua, no trabalho, na escola, na loja, na padaria,
No posto, na rodovia, na congregação
Que haja em nós o mesmo sentimento: que Deus habite em nosso coração!


8 de março de 2010

Minha decepção com a igreja


Novo, tudo novo, renovado...” Flavinho já cantava isso em verso e prosa na Canção Nova quando iniciei a minha aventura nos caminhos que levam ao Senhor... Algo recente, iniciado em maio de 2008 num retiro (Jornada) de 3 dias na famosa Casa do Sonho, em Chapada dos Guimarães (MT).

Nunca tinha experimentado algo parecido! Foi um encontro magnífico que literalmente me deixou de pernas pro ar sem saber o que fazer ou como reagir diante daquela “novidade”.

Comovente ouvir as histórias de pessoas que viviam uma vida (até então) totalmente desregrada, desestruturada e sem nenhuma perspectiva de melhoras mas que ao se desligarem do mundo por “apenas” 3 dias, viram suas vidas transformadas. E aí, eu também me incluo.

Lembro bem de quando voltei pra Cuiabá, entusiasmado com tudo o que vivenciei e embriagado pelo Espírito Santo, uma grande amiga me recepcionou no Santuário Nossa Senhora Auxiliadora e disse: “Marco, sua Jornada começa hoje! Seja perseverante e tenha coragem!” Essas palavras ecoam em meus ouvidos até hoje...

A partir daquele dia, minha vida mudou. E como o Apóstolo Paulo, as escamas pareciam ter caído dos meus olhos e eu estava vendo coisas que até então eu não via! Ou, fingia que não via...

Num primeiro momento estava sendo maravilhoso mudar de vida e principalmente de hábitos. Largar aquele mundo velho, no qual eu vivia e já estava estafado (leia-se, enojado), parecia uma excelente idéia. Não só me fazia melhor, como também menos triste e decepcionado diante de inúmeras situações desagradáveis que vivenciei.

Trilhar os caminhos que Deus nos reservou estava sendo uma aventura fascinante e agradável, afinal, eu não estava só! Inúmeras pessoas também tiveram suas histórias transformadas e passaram a experimentar e saborear, como eu, o mel que vinha (e vem) dos céus, abundantemente.

Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” (Jo 10, 10)

No carnaval de 2009 repeti aquela incrível experiência de me encontrar com o Senhor, agora em São Paulo. Em pleno carnaval, abandonei projetos de festas e diversão em Salvador (BA), para ter outro encontro marcante e espetacular com O SALVADOR (palavras do Léo – coordenador do JS/SP), na modesta porém aconchegante Casa Siloé, em Atibaia (SP). O Pastor? Pe. Edimilson da Comunidade Canção Nova. As ovelhas? Jovens Sarados! Mágico!

Com o tempo e a conquista de novos conhecimentos, o engajamento em diversas atividades dentro da Igreja foi uma questão de tempo. Mas aí residia um problema. Um grave problema.

Julho de 2009. Fui ao PHN na Canção Nova, em Cachoeira Paulista/SP. Uma bênção! Uma festa! Pe. Paulo Ricardo, em uma de suas catequéticas e contundentes pregações disse aos mais de 100 mil jovens que ali estavam estupefatos com aqueles ensinamentos: “Quando você vai a um hospital, o que espera encontrar? Doentes, naturalmente. E quando você vai para a Igreja, o que você espera encontrar? Pecadores!

Parecia o óbvio, mas não era. Isso me fez refletir muito, porque eu esperava que ao entrar na Igreja que Jesus idealizava, iniciada por Pedro (Mt 16, 18), eu não fosse encontrar com pecadores ou pessoas cheias de problemas mas sim, com pessoas felizes, alegres e que louvavam ao Senhor por tudo de BOM que aconteciam em suas vidas. Doce ilusão...

Se um dos motivos que me fizeram abandonar o mundo que eu vivia e ter um encontro com o Pai era justamente minhas decepções para com as pessoas que estavam ao meu redor, agora eu me deparava com uma situação idêntica ou até mesmo pior. Procurei me refugiar de “pessoas”, mas acabei as encontrando lá! Aos montes!

Perguntei ao Senhor o por quê Ele insistia em me colocar em situações que eu reputo desagradáveis e repugnantes como o julgamento por parte das pessoas, fofocas e intrigas mesmo em sua casa, a Igreja. Ele não tardou em me responder.

Eu precisava estar no meio delas para que eu soubesse ouvir aquilo que me desagradava e me silenciar. Ter misericórdia e orar. Corrigir como nos ensina Jesus (Mt 18, 15), mas jamais agir da maneira destemperada como agia. Antigamente, eu explodia. Hoje, sem as escamas, preciso abstrair, fechar os olhos e jogar aos pés da cruz e, como diria meu pai, dizer ao Senhor: “toma isso e resolve pra mim!” Eu estava sendo moldado...

É difícil? E como! Confesso que por inúmeras vezes desde então, o homem velho reinou nessas situações e a explosão foi inevitável. Mas a humildade em reconhecer o erro e pedir perdão se faz necessária nessas horas.

Mas também confesso que isso me decepciona. É impressionante constatarmos a presença de “santos” dentro da Igreja. Pessoas que “nunca” erram. Exemplos na perfeição e fé cristã. Sabem tudo da Bíblia. Versículos e capítulos estão na ponta da língua e não titubeiam em sempre ter uma palavra de conforto nas horas mais “impróprias”.

Hipócritas, hipócritas, hipócritas. No Evangelho de São Mateus, capítulo 23, Jesus diz essa palavra aos fariseus por seis vezes! Estamos cheios de fariseus hipócritas dentro da igreja e essa a razão do título desse texto.

Repararam? A palavra “igreja” está em minúsculo. Porque certamente essa não é a IGREJA (agora sim) idealizada por Jesus. A Igreja que sonho, e que imagino que todos sonhamos, é uma casa onde não só possamos conhecer dos ensinamentos que o Senhor nos deixou como também aprender a praticá-los. É uma casa de pecadores sim. Mas pecadores que lutam contra esse pecado e não arrotam aos quatro cantos uma santidade que em nada reflete suas ações mais íntimas.

Não sou santo. Sou um pecador miserável, cheio de defeitos. Sou um entusiasta da Palavra do Senhor. Sou curioso. Gosto de saber das coisas, me inteirar dos assuntos. Questiono muuuuuuito, porque quero saber! Quero ter argumentos para discutir com quem quer que seja! Estou longe de ser um estudioso da Palavra, mas ainda chego lá. Cometo meus erros como todo e qualquer mortal e me penitencio por isso. Ainda titubeio em diversos assuntos mas sempre estou buscando mais e mais. Uma filosofia estilo “pés no chão e cabeça nas estrelas”, título do livro do médico e escritor Dr. Lair Ribeiro.

É difícil ser julgado, mas é fácil e prazeroso julgar... pessoas que têm o prazer de iniciar um linchamento ético e moral sem saber de absolutamente nada do que se passa em nossa vida. Eu sou o certo: ele é o errado. E PONTO! Tá decidido!

Mas aí vem um certo Jesus de Nazaré e nos chama de hipócritas!

Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.” (Mt 7,5)

Impressionante a facilidade com que as pessoas “santas” têm em dizer se você está certo ou errado e são incapazes de olhar pro próprio umbigo. Te julgam sobre os mais diversos assuntos, opinam sobre tudo e sobre todos. Mas se esquecem que o Senhor diz a eles e a todos nós que “as prostitutas vos precedem no Reino de Deus” (Mt 21, 31).

Eu vinha de um mundo no qual a minha zona de conforto nunca era atingida... de repente, me deparo com as minhas feridas expostas, sangrando e necessitando de uma intervenção cirúrgica.

Confesso que a cirurgia, que se iniciou lá em maio/2008 ainda não terminou! Ainda tem muita sutura, cortes, soros e remédios a serem ministrados... enfim, muita coisa a ser feita. E por incrível que pareça: espero que o Médico continue operando, fazendo o que for necessário para me manter vivo, sonhando e principalmente, vivenciando dias melhores! Na humildade deste servo, quero poder ser MAIS, mesmo sendo infinitamente menos...

4 de março de 2010

Pobres de Deus


Começando as atividades do meu blog, compartilho com vocês esse ensinamento que copiei do Blog do Pe. Wagner. Reflitamos!



Noé era um bêbado
Abraão era velho demais
Isaque era medroso
Jacó era um mentiroso
Lia era feia
José era um escravo
Moisés era gago e incapaz de falar em público
Gideão teve dúvidas que Deus o teria escolhido
Sansão tinha cabelos compridos e era adúltero
Jeremias e Timóteo eram jovens demais
Davi cometeu um adultério e um assassinato
Elias era suicida
Isaías pregava nu
Jonas fugiu de Deus
Raabe era uma prostituta
Jó foi a falência e perdeu a saúde
João Batista era uma figura excêntrica e até comia insetos
Maria Madalena tinha sido possuída por 7 demônios
Noemi era uma viúva desamparada
Paulo era religioso demais, fanático
Pedro negou Cristo
Os Discípulos adormeceram enquanto oravam
Marta era agitadíssima e invertia as prioridades
A mulher samaritana era divorciada, mais do que uma vez
Zaqueu era pequeno demais
Timóteo tinha uma úlcera...
E Lázaro estava morto!
E não esqueça:
Jesus ajudou todos eles!!!!

10 coisas que precisamos entender:
1. Deus quer frutos espirituais,não tolices religiosas.
2. Não existe chave para a felicidade. A porta está sempre aberta.
3. Silêncio é geralmente mal interpretado mas nunca citado erroneamente.
4. Faça a matemática... Calcule suas bençãos.
5. Fé é a habilidade de não entrar em pânico.
6. Se você se preocupa, você não orou. Se você ora, não se preocupe.
7. Como uma criança de Deus, a oração é como ligar para casa todos os dias.
8. As coisas mais importantes na sua casa são as pessoas.
9. Quando estamos enrolados com nossos problemas, fique calmo. Deus quer que sejamos calmos para que Ele desamarre os nós.
10. A mágoa é uma coisa muito pesada para carregar. Perdoe.