9 de novembro de 2014

O homem do terno cinza escuro

Meio dia. 
Ele, de terno e gravata num tom cinza escuro.
Não estava numa sala de escritório, com ar condicionado marcando 20 graus.
Não.
Ele estava com uma mala na mão numa calçada de uma avenida movimentada. Ao meio dia. Sol a pino.
A todo instante olhava o relógio. E conferia algo no celular. Parecia preocupado.
Olhar perdido de quem procurava para onde ir.
Ou com quem ir.
Talvez estivesse esperando alguém.
Talvez estivesse esperando algo.
Talvez.
Fiquei instigado. Afinal, já era o terceiro dia seguido que o via nas mesmas condições.
Fui em sua direção na tentativa de oferecer algum tipo de ajuda.
Ele me viu e saiu apressadamente.


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